O amor tem vários jeitos de se mostrar.
Pode ser uma manhã serena, com sorrisos doces, palavras açucaradas, suspiros profundos. Aquele brilhinho no olhar. Acomete adolescentes de qualquer idade.
Sol do meio-dia. Calor queimando sobre a cabeça. Além de todo o resto. As palavras inexistem, porque ninguém pensa em conversar. Ou não precisa. Ou não quer. Fugaz, volta quando encontra uma brecha. Nem os apaixonados pelo verão aguentariam sua existência durante os doze meses do ano.
Fim de tarde. Oscilação entre o encontro e o encantamento. As conversas são o ponto-chave da alegria. Conhecer o outro por tudo aquilo que ele diz, seja com palavra, gesto, piscadela ou beijo. Ser feliz junto, como diria um historiador.
A noite. É quando a confiança se anuncia. Deixar o outro conduzir quando não há luz para mostrar o caminho. Sem falar na segurança de encontrar a mão amada, que nos diz que sempre estará tudo bem.
E a madrugada, quando os porões da intimidade adentram a nossa casa. Momento da profundidade, quando conhecemos os recantos do outro para então nos reconhecermos. É no silêncio das horas iluminadas apenas pela lua que temos certeza: sim, é amor.
Enfim, o sol nasce. O primeiro raio, aquele que fez um desconhecido deixar de ser mais um para ser o único, agora renasce para nos lembrar o motivo da escolha. Por que escolhi você?
Não escolheu, encontrou.
Felizes daqueles que vivem o amor em dias completos. Há um palmo de anos, eles existem dentro de mim.
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